Igreja Católica & Maçonaria


      Arcebispo influencia os católicos

a participarem da Maçonaria...

 
O Arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, presidente regional da CNBB, disse abertamente numa entrevista para "O Vigilante" (órgão de divulgação da Grande Loja Maçônica do RS), que "maçom não é mais excomungado perante a Igreja Católica".O informativo maçônico diz o seguinte no destaque de sua capa:
"A presença do Arcebispo de Porto Alegre e representante da CNBB, Dom Dadeus Grings em várias solenidades da maçonaria é um atestado inconteste de que a Igreja Católica Apostólica Romana, não tem mais restrições a maçonaria".

Na matéria o Arcebispo declara que nas primeiras vezes em que foi convidado a participar de solenidades maçônicas ficou surpreso pelo número de pessoas conhecidas que encontrou na maçonariae salienta que conhecia estas pessoas de dentro da Igreja.
Em certo ponto da matéria Dom Dadeus explica que em 1983, quando o novo código Canônico entrou em vigor, os maçons deixaram de ser vistos como uma religião, ou como um grupo contrário a Igreja Católica.
Mas porque o Arcebispo Dom Dadeus pode ser considerado uma influência negativa para os católicos? Pelo fato de que ainda permanece  imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas.
O Cardeal D. Eugênio de Araújo Sales, Arcebispo Emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro, através do artigo "MAÇONARIA E IGREJA CATÓLICA", esclarece a posição da Igreja dizendo o seguinte:
"Desde o Papa Clemente XII, com a Constituição Apostólica “In eminenti”, de 28 de abril de 1738 até nossos dias, a Igreja tem proibido aos fiéis a adesão à Maçonaria ou associações maçônicas. Após o Concílio Vaticano II, houve quem levantasse a possibilidade de o católico, conservando a sua identidade, ingressar na Maçonaria. Igualmente, se questionou a qual entidade se aplicava o interdito, pois há várias correntes: se à anglo-saxônica ou à franco-maçonaria, a atéia e a deísta, anti-clerical ou de tendência católica. Para superar essa interrogação, o Documento da Congregação para a Doutrina da Fé, com data de 26 de novembro de 1983, e que trata da atitude oficial da Igreja frente à Maçonaria, utiliza a expressão “associações maçônicas”, sem distinguir uma das outras. É vedado a todos nós, eclesiásticos ou leigos, ingressar nessa organização e quem o fizer, está “em estado de pecado grave e não pode aproximar-se da Sagrada Comunhão”. Entretanto, quem a elas se associar de boa fé e ignorando penalidades, não pecou gravemente. Permanecer após tomar conhecimento da posição da Igreja, seria formalizar o ato de desobediência em matéria grave.

         "SEGREDOS DA MAÇONARIA"

        A Congregação, no mesmo Documento de 26 de novembro de 1983, declara que “não compete às autoridades eclesiásticas locais (Conferência Episcopal, Bispos, párocos, sacerdotes, religiosos) pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçônicas, com um juízo que implique derrogação do quanto acima estabelecido”.

O novo Código de Direito Canônico assim se expressa: “Quem se inscreve em alguma associação que conspira contra a Igreja, seja punido com justa pena; e quem promove ou dirige uma dessas associações, seja punido com interdito” (cânon 1374). No dia seguinte à entrada em vigor do novo Código, isto é, 26 de novembro, é publicada a citada Declaração com a aprovação do Santo Padre. Diz o Documento que a Maçonaria não vem expressamente citada por um critério redacional e acrescenta: “Permanece, portanto, inalterado o parecer negativo da Igreja, a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a Doutrina da Igreja e, por isso, permanece proibida a inscrição nelas".
O fato de existirem eclesiásticos na maçonaria prova que há falhas na disciplina. 
(fim)
(Cardeal D. Eugênio de Araújo Sales      Fonte: Voz do Pastor, 26/01/2001)
*Uma pequena observação quanto à frase do Cardeal D. Eugênio, que se refere ao fato de existirem eclesiásticos na maçonaria. Será o Arcebispo Dom Dadeus Grings apenas um mero simpatizante da maçonaria?
Eu, diante dos fatos que mostram Dom Dadeus tão entusiasmado e envolvido com tantas solenidades maçônicas, tenho lá minhas dúvidas...(será que ele...?)
    
DECLARAÇÃO SOBRE A MAÇONARIA

Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé

26.11.1983

Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maçonaria, pelo fato de que no novo Código de Direito Canônico ela não vem expressamente mencionada como no Código anterior. Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redacional seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas. Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão. Não corresponde às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique derrogação de quanto acima estabelecido e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, p.240-241).
O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, e ordenou a sua publicação.
Romada Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de Novembro de 1983.

Joseph Card. RATZINGER
Prefeito
  
Considerações finais:
No novo Código de Direito Canônico, promulgado em 25 de janeiro de 1983, não aparece mais a excomunhão "latae sententiae" contra os maçons. Em lugar do antigo cân. 2335 aparece o novo cân. 1374: "Quem se inscreve em alguma associação que maquina contra a Igreja seja punido com justa pena; e quem promove ou dirige uma dessas associações seja a punido com interdito".
Pareceu a muitos que a conseqüência da retirada da excomunhão "latae sententíae" permitisse a livre inscrição na Maçonaria. Mas em 26 de novembro de 1983, na véspera da entrada em vigor do novo Código de Direito Canônico, L´Osservatore Romano publicou uma "Declaração sobre as Associações Maçônicas". 0 texto da Declaração afirma:

a) Permanece imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas.
b) Os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja.
c) Permanece proibida a inscrição na Maçonaria.
d) Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.
e) Não corresponde às autoridades eclesiásticas pronunciar-se sobre a natureza das associações maçônicas com juízo que implique derrogação de quanto acima estabelecido (L´Osservatore Romano, 26/11/1983)

 

A presença do Arcebispo Dom Dadeus Grings nas solenidades maçônicas e as suas declarações, bem como as palavras contidas no informativo maçônico "O Vigilante", afirmando que a Igreja Católica Apostólica Romana, não tem mais restrições à maçonaria, levam os católicos a serem influenciados a participar das associações maçônicas achando que a posição da Igreja é favorável a essa questão.
Raquell Duarte