Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse

Profecia Bíblica do Tempo do Fim


Já alguma vez se perguntou por que as guerras, ou o motivo da disparidade de riquezas no mundo, ou seja, por que algumas pessoas e certos países são tão ricos e suas populações sofrem de obesidade, enquanto tantos outros passam fome e são privados das necessidades básicas? Por que os governos gastam bilhões em guerras que matam e mutilam enquanto os pobres continuam sofrendo?
 
Eu costumava me perguntar por que o mundo é assim, e por que não poderia haver mais amor, paz e cooperação entre as pessoas e os povos, para o mundo ser um lugar melhor? Encontrei a resposta na Bíblia, começando no capítulo 6 do livro do Apocalipse, que fala sobre os quatro cavaleiros.
Nessa passagem, Jesus abre o livro do futuro, de profecia, que estava lacrado com sete selos, e mostra ao apóstolo João o que há de acontecer no mundo a partir daquela época (cerca de 90 A.C.) passando pelos últimos dias (a época atual) e indo além.
Apocalipse significa “revelação”, ou “ato de fazer conhecido”. Os quatro cavaleiros do Apocalipse revelam a verdade sobre a religião, a guerra e a economia, e preparam o palco para o que está para acontecer em breve.

O primeiro selo
 
Vi quando o Cordeiro (Jesus) abriu um dos sete selos, e ouvi um dos quatro seres viventes, que dizia como se fosse voz de trovão: Vem! Olhei e vi um cavalo branco. O seu cavaleiro tinha um arco, e foi-lhe dada uma coroa e Ele saiu vencendo e para vencer (Apocalipse 6:1,2.)
O primeiro cavaleiro, que usa uma coroa e sai vencendo é, obviamente, Jesus. Qual era o contexto mundial em 90 D.C? — No plano espiritual, Jesus, ressuscitado, estava “vencendo” o mundo com o Evangelho por meio de Seus apóstolos e dos primeiros cristãos, que acabaram por conquistar o poderoso Império Romano. A mensagem de amor e do perdão divino se provou mais poderosa que todas as legiões romanas! Jesus é o grande Vencedor montado no cavalo branco.
Encontramos outra menção a um cavalo branco no capítulo 19 do mesmo livro: “Vi o céu aberto e apareceu outro cavalo branco. O seu cavaleiro chama-se Fiel e Verdadeiro… o Verbo de Deus” (Apocalipse 19:11,13).
Através de João 1:14 entendemos que o “Verbo de Deus” é Jesus: “O Verbo se fez carne, e habitou entre nós. Vimos a sua glória, a glória como do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”.
E logo atrás de Jesus estão os exércitos do Céu, os santos ressuscitados, também montados em cavalos brancos, descendo do Céu para derrotar as forças do Anticristo e tomar o mundo na Batalha do Armagedom (Apocalipse 19:14).
 
O segundo selo
 
Quando o Cordeiro abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizer: Vem! Então saiu outro cavalo, vermelho. Ao seu cavaleiro foi dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros. Também lhe foi dada uma grande espada. (Apocalipse 6:3–4.)
O que “tira a paz da Terra”? — A guerra! Este cavalo vermelho simboliza a guerra, as forças armadas e suas máquinas de destruição.
A cor do cavalo também é significativa porque representa a carnificina gerada pelas guerras infernais do homem, que não é responsabilidade de Deus, pois são causadas pelo orgulho, pelo preconceito e pela avareza do homem. “De onde vêm as guerras e contendas entre vós?
Não vêm disto, dos prazeres que nos vossos membros guerreiam?” (Tiago 4:1).
A “grande espada” dada ao que monta esse cavalo vermelho aparentemente significa os grandes “avanços” na indústria bélica e a muitíssimo maior devastação produzida pelos
conflitos armados desde que a predição foi feita na época do apóstolo João.
 
O terceiro selo
 
Quando o Cordeiro abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: Vem! Olhei, e vi um cavalo preto. O seu cavaleiro tinha uma balança na mão. E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes que dizia: Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário, e não danifiqueis o azeite e o vinho. (Apocalipse 6: 5–6.)
Esse cavaleiro no cavalo preto com uma balança na mão simboliza os capitalistas ricos, que exercem grande influência nas condições do mundo através de sua manipulação das economias das nações. Apenas um outro versículo na Bíblia menciona um homem com balanças: “O mercador tem balança enganadora em sua mão; ele ama a opressão” (Oséias 12:7).
O profeta Amós também teve algo a dizer sobre os mercadores — os abastados capitalistas da sua época que roubavam os pobres em vez de ajudá-los. “… para abrirmos os celeiros de trigo, diminuindo o efa (unidade de medida) e aumentando o siclo (preço), e procedendo enganosamente com balanças desonestas… pisando o necessitado e destruindo os pobres da terra” (Amós 8:4–6).
O cavalo preto, portanto, representa a fome e a pobreza fomentada pelos ricos que se negam a dividir com os carentes. Esse cavalo é o responsável pela situação econômica atual. Nas Escrituras, óleo e vinho simbolizam abundância ou luxo. O fato de eles não terem sido danificados indica a coexistência da riqueza e do luxo com a fome e a pobreza, sendo que a distância entre os ricos e os pobres tem se tornado cada vez maior.
 
O quarto selo
 
Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente, que dizia: Vem! Olhei, e vi um cavalo amarelo. O seu cavaleiro chama-se Morte, e o Inferno o seguia. Foi-lhes dado poder sobre a quarta parte da terra para matar com a espada, com a fome, com a peste e com as feras da terra. (Apocalipse 6:7–8.)

O quarto e último cavaleiro do Apocalipse é a própria morte. Não apenas a causada pela guerra, mas por feras, pragas, fome e de todas outras maneiras concebíveis.
É claro que a morte sempre esteve presente no nosso meio, mas a causada pela fome, por desastres naturais, novas pestes como a AIDS e o vírus ebola atingiu níveis sem precedentes, tal como Jesus previu que aconteceria logo antes da Sua volta. “Levantar-se-á nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes, pestes e terremotos em vários lugares” (Mateus 24:7).
 
O quinto selo
 
Quando Ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Soberano, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas, e foi-lhes dito que repousassem ainda por pouco tempo, até que se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos, como também eles foram. (Apocalipse 6:9–11).
 

Primeiro vem o cavalo branco, a proclamação da mensagem do seu cavaleiro e a conquista de muitas almas. Então vem a rejeição da mensagem por parte dos incrédulos, os que estão unidos aos outros cavaleiros, cujas obras se traduzem na perseguição e no martírio “dos que foram mortos por causa da palavra de Deus”. Assim tem sido ao longo das eras. Estes mártires, porém, são exceções, pois a maioria dos seguidores de Jesus normalmente escapou ao martírio e viveu para ajudar a propagar a Sua obra.

Guerra, ganância e morte, os três personagens revelados na abertura dos segundo, terceiro e quarto selos, existem praticamente desde que o mundo é mundo, mas a visão retratada nesta e em outras passagens demonstra um aumento progressivo do poder dessas entidades desde que esta revelação foi dada.

 
Mais uma vez Jesus fez essa predição, no Seu famoso sermão sobre o Tempo do Fim no capítulo 24 do livro de Mateus, dizendo que essa situação culminaria na “grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem haverá jamais. Se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria, mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias” (Mateus 24:7,21,22).
Em outras palavras, Jesus estava dizendo que um dia o ser humano chegaria a uma situação tão difícil que, se Deus o deixasse fazer o que bem entende, ele se auto-aniquilaria. Mas também disse que quando ele chegasse a esse ponto de suicídio, Deus interviria e o deteria através da Segunda Vinda de Jesus. Nessa ocasião Ele então punirá os malfeitores, assumirá o controle do mundo e instituirá Seu reino de justiça (Mateus 24:29–30; Isaías 9:7; Jeremias 23:5; Apocalipse 19:11–21.
Foi somente nos últimos 50 ou 60 anos que a raça humana desenvolveu o potencial para a autodestruição. As forças armadas (o cavalo vermelho) têm agora bombas nucleares, mísseis intercontinentais, armas químicas e biológicas e tecnologias ao estilo “Guerra nas Estrelas”.
Os ricos, sobre seu cavalo preto, foram cúmplices nas guerras de maior porte do último século, e ameaçam provocar outra pelo acúmulo e mau uso de suas riquezas. Além disso, em sua implacável busca por mais riquezas, estão finalmente conseguindo contaminar o planeta inteiro, numa poluição derivada da tecnologia moderna.
E a seguir vem o quarto cavaleiro, sobre sua cavalgadura amarela, representando todas as formas da morte.
São esses os quatro cavaleiros do Apocalipse, os quais continuarão a cavalgada até ao Fim, quando Jesus retornar para nos levar Consigo para os lugares celestiais, antes do juízo divino cair contra os que fomentam o Inferno na Terra. Depois disso, Ele virá mais uma vez, com todos os Seus santos, para aniquilar o Anticristo e todas suas forças na Batalha do Armagedom. Deus então limpará e purificará a Terra e estabelecerá o Seu reino eterno, governado por Jesus Cristo.