OS CRISTÃOS E ISRAEL

Os cristãos e Israel
Norbert Lieth



Como se não bastasse que muitas igrejas cristãs negam a Israel o espaço que tem na Bíblia, elas até incentivam os que odeiam Israel.
Tomei conhecimento de um convite no qual estava escrito:
Não é a resistência do povo palestino, e sim a ocupação israelense que deve ir para o banco dos réus! Venha participar de um encontro com Fadwa Barghouti. Realização: Grupo de Trabalho Palestina/Israel na Igreja Cristo-Emanuel, Centro Ecumênico e Centro da Comunidade Palestina. Local: Igreja de Cristo (Frankfurt/Alemanha).
Não é profundamente triste que seja realizado um encontro anti-israelense justamente numa "Igreja de Cristo"? Grande parte dos cristãos dá mais crédito à propaganda anti-semita do que à Palavra de Deus. Infelizmente, foi o que aconteceu durante o Holocausto: muitos cristãos europeus não tinham mais uma profunda relação pessoal com as Escrituras, de modo que foram facilmente influenciados pela propaganda nazista. Hoje em dia, Israel é colocado no banco dos réus e defende-se aqueles que cometem atentados suicidas contra a população civil israelense e exigem constantemente toda a terra de Israel para si mesmos.
Por exemplo, o Dr. Mahmoud Al-Zahar, líder político do movimento radical-islâmico Hamas na Faixa de Gaza, afirmou:
Tencionamos estabelecer um Estado pan-islâmico em toda a região. Penso que, se Israel sair da Margem Ocidental e da Faixa de Gaza, poderíamos considerar um cessar-fogo durante um período de dez anos. Depois, porém, continuaríamos com a luta armada.1
Arafat disse a uma delegação árabe em 30 de janeiro de 1996 (no mesmo ano em que recebeu o prêmio Nobel da Paz): "Pretendemos eliminar o Estado de Israel e estabelecer um Estado Palestino."

Arafat disse a uma delegação árabe em 30 de janeiro de 1996 (no mesmo ano em que recebeu o prêmio Nobel da Paz): "Pretendemos eliminar o Estado de Israel e estabelecer um Estado Palestino."
O que permitimos que nos influencie: a infalível Palavra de Deus ou a mídia contrária a Israel? A Palavra de Deus diz claramente: "Se puderem ser medidos os céus lá em cima e sondados os fundamentos da terra cá embaixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o Senhor" (Jr 31.37). E, àqueles que não se satisfazem com essa afirmação (pensando: "Bem, no futuro talvez seja possível medir os céus e sondar os fundamentos da terra – e, assim, também Israel acabará"), o Senhor diz: "Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome" (Is 66.22).
Muitos cristãos parecem não considerar que na volta de Jesus os povos serão julgados conforme o que fizeram ou deixaram de fazer aos Seus irmãos, os filhos de Abraão (veja Hb 2.16-17). Fica claro que o status de Israel, dado por Deus, não foi anulado. Pelo contrário, ele será destacado especialmente nos tempos finais: "Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda... Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos... E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos? Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna" (Mt 25.31-33,41,44-46). Muitos acham que servem a Deus, mas estarão perdidos, por não terem um relacionamento vivo com Jesus. Eles o demonstram através dos seus frutos, inclusive pela falta de apoio a Israel nas suas aflições e em não tomarem partido dos judeus.
Durante o Holocausto, muitos cristãos europeus não tinham mais uma profunda relação pessoal com as Escrituras, de modo que foram facilmente influenciados pela propaganda nazista.

A atitude negativa dos cristãos nominais diante de Israel revela que eles não são cristãos verdadeiros e, ainda mais, que não conhecem o Senhor. Apesar de imaginarem que estão servindo a Deus e agindo corretamente, suas atitudes são completamente erradas. Os cristãos nominais vivem num terrível engano, que Jesus descreveu claramente: "Tenho-vos dito estas coisas para que não vos escandalizeis. Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus. Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim" (Jo 16.1-3).
Portanto, podemos concluir que os cristãos devem ser favoráveis a Israel. Caso contrário, revela-se que não são cristãos verdadeiros. O Espírito de Deus, que vive num cristão renascido, é o mesmo Espírito que está restaurando Israel. Quando uma pessoa é contra Israel, há outro espírito agindo nela, que certamente não é o Espírito de Deus. Por isso, Jesus estabelece a relação direta entre si mesmo e Israel: "Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes" (Mt 25.40).

Justamente numa igreja que se denomina "Cristo-Emanuel" deveriam ser conhecidas e observadas as palavras de Isaías 8.9-10: "Enfurecei-vos, ó povos, e sereis despedaçados; dai ouvidos, todos os que sois de países longínquos; cingi-vos e sereis despedaçados, cingi-vos e sereis despedaçados. Forjai projetos, e eles serão frustrados; dai ordens, e elas não serão cumpridas, porque Deus é conosco." "Emanuel" quer dizer "Deus conosco" em hebraico! (Norbert Lieth )

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